Trilha: Trilha da Pedra do Cume - Data: 07/04/2012
Trilha de Nível: Médio
Serra do Lopo - Minas Gerais
Serra do Lopo - Minas Gerais
Localização: Município de Extrema/MG
Distância: 108 Km de São Paulo
Distância: 108 Km de São Paulo
Extensão: 9,7 km (ida e volta)
Perfil Altitudinal: 973/1.780 metros
Percurso: +ou- 4 horas
Perfil Altitudinal: 973/1.780 metros
Percurso: +ou- 4 horas
Piso da Trilha: Terra, grama e pedras.
Características Ambientais:?
Atrativos desta Trilha: Flores
e plantas, pássaros, Rio Jaguari, Rampa de Vôo Livre, Pedra do Marino, o
"Sofá" na Pedra das Flores, Pedra do Cume com altitude de 1.780m e
vista 360º graus da Pedra Grande (Atibaia/SP), Pico do Selado-lado
mineiro (Monte Verde/MG), Pedra de São Domingos (Córrego do Bom
Jesus/MG) e Cachoeira dos Pretos em Joanópolis/SP. Também as cidades de
Extrema/MG, Atibaia/SP, Bragança Paulista/SP, Joanópolis/SP, Pedra
Bela/SP, Vargem/SP e em noites limpas pode-se avistar as luzes do Vale
do Paraíba.
ANÁLISE DA TRILHA:
Estávamos precisando fazer uma trilha por montanhas e decidimos que
seria na Serra do Lopo em Extrema/MG, uma ramificação da Serra da
Mantiqueira. Fomos pra lá num Sábado de Aleluia, feriado de Páscoa.
Saímos de Itatiba/SP, pegamos a Rodovia Alkindar Monteiro Junqueira que
liga Itatiba/SP-Bragança Paulista/SP, passamos pelo centro de Bragança e fomos
em direção à cidade de Vargem/SP por uma estrada que passa pelo bairro de
Guaripocaba e desemboca na Rodovia Fernão Dias sentido Belo
Horizonte/MG.
(...Portal de entrada para a cidade de Extrema/MG...)
Chegando na cidade de
Extrema, passamos pelo centro e pegamos a Estrada da Embratel, rumo às
montanhas. (Obs.: Para você não se perder siga as placas marrom sentido Rampa
de Vôo Livre). Subindo a estrada, numa placa indicativa decidimos que iríamos pegar a
estrada que liga até a trilha da Pedra do Cume.
(...Estrada da Embratel...)
(...estrada conservada, bem estreita e de paralelepípedos...)
Logo
depois das duas pedras que avistamos na estrada chegamos à Rampa de Vôo
Livre, onde tivemos a primeira impressão do que seria nossa caminhada.
(...Rampa do Vôo Livre: Um dia ainda vou saltar de Asa!...)
Depois de algumas fotos e informações colhidas com um grupo de mochileiros que acamparam na Pedra das Flores decidimos iniciar nossa aventura também. Pegamos o carro e andamos mais alguns metros e estacionamos nosso veículo bem próximo deste portal que é de área particular e aonde existem algumas pousadas caso queiram pernoitar.
(...portalzinho de entrada para as pousadas...)
(...início da trilha dentro da propriedade particular...)
(...quaresmeiras pela trilha que também é repleta de pássaros - ideal para Birdwatching...)
(...flores amarelas das quais não sei o nome...)
(...foto tirada na Pedra do Marino e ao fundo nosso destino...)
O
lugar não tem indicação de início de trilhas, portanto foi preciso
pesquisar na Internet um pouco antes de chegarmos ao local certo. Depois
deste portalzinho, resolvemos fazer uma trilha diferente do que a
moçada tem feito. Resolvemos iniciar de uma trilha pouco conhecida que
passa dentro de uma propriedade particular, e que dá acesso a Pedra do
Marino. Essa trilha se inicia depois das duas pousadas ao lado esquerdo
da estradinha.
(...início da trilha dentro da propriedade particular...)
A
trilha é bem gostosa e de fácil acesso. A presença de flores e pássaros
chega a ser exuberante. Flores violetas, amarelas, brancas, vermelhas,
etc. enfeitam nosso caminho. O som da natureza ali se faz presente pelo
cantar de pássaros de diversas espécies. Um lugar ideal para a prática
da Observação dos Pássaros ou Birdwatching como é conhecida.
(...quaresmeiras pela trilha que também é repleta de pássaros - ideal para Birdwatching...)
(...flores amarelas das quais não sei o nome...)
Logo
à direita da trilha afastando-se uns 20 metros, chegamos na Pedra do
Marino. Dali têm-se uma visão parcial da cidade de Extrema e vista
privilegiada da Pedra dos Cinco Dedos, Cabritos, Flores e Cume.
(...foto tirada na Pedra do Marino e ao fundo nosso destino...)
(...rumando trekking pelo Marino...)
Partindo
da Pedra do Marino, a trilha desce em meio a vegetação da Mata
Atlântica, fica mais fechada. Logo após alguns metros de trilha podemos
encontrar água numa pequena bica que passa entre a mata; ali o ambiente é
mais fresco. Este é o último ponto de água da trilha, dali até o Cume
não existem mais fontes. A caminhada se torna mais "punk" porque existe
uma grande elevação de altitude naquela parte da trilha. A subida se
torna íngreme e cansativa, tendo que dar pequenas paradas para se
hidratar. As pausas são também para tirar fotos e contemplar as belezas
naturais da região. No caminho passamos ainda por dois clarões que
servem de acampamento para os mais aventureiros.
(...a caminho da Pedra das Flores, logo à frente...)
Assim
que passamos pela área de camping, chegamos a tão esperada Pedra das
Flores. Ali é uma plataforma de rocha em tom róseo com uma área de 1Km²
e uma visão de 360º. Pode-se avistar desde a cidade de São Paulo até a
Pedra de São Domingos no Sul de Minas; neste dia observamos dali com a
ajuda de um guia local (Flávio) que se predispôs a nos orientar; a Pedra
do Selado ou Pico do Selado como os mineiros chamam em Monte Verde/MG e
a Cachoeira dos Pretos em Joanópolis/SP. Devida a sua forma, é
considerada pelos esotéricos como um ponto de pouso para naves
extraterrestres. Possui em suas fendas e ondulações, diferentes espécies
de flores, entre elas: orquídeas, chuvas de ouro, bromélias e lírios
rubis (Amaryllis).
(...nas entrelinhas do horizonte, avista-se a Pedra do Selado...)
(...uma incrível vista para a Cachoeira Dos Pretos em Joanópolis/SP...)
(...olhando pela janela(?)até onde a vista alcançar...)
Um
ponto bastante legal da Pedra das Flores bem conhecido pelos locais,
que nosso colega Flávio "guia de montanhas" nos levou foi o "Sofá". Tem
esse nome porque lembra uma poltrona, um sofá, onde podemos encostar as
costas e relaxar observando as montanhas.
(...sentado no "Sofá" das Flores...)
Ficamos
ali alguns minutos, fizemos um pequeno lanche, tiramos diversas fotos
panorâmicas, reabastecemos nossas cargas de adrenalina e rumamos em
direção ao Gigante Adormecido como chamam a Pedra do Lopo (Pico do
Lopo), no lado paulista - principalmente na cidade de Joanópolis/SP.
Nosso destino estava logo ali à frente e não podíamos parar.
(...casal Trekking e o Gigante Adormecido...)
(...vem comigo, no caminho eu explico!...)
Ao
retornarmos a trilha, tivemos que tomar cuidado para não pegar a trilha
errada, porque neste ponto tem bifurcações e a trilha correta
que vai pro Cume é a que sai da direita bem encostada as flores (detalhe que existe duas trilhas, saindo pelo lado direito das Flores, o correto é pegar a trilha da esquerda. No
caminho também existem pequenas bifurcações, mas é fácil de se orientar
seguindo a direção das pedras. (Uma dica, é que no caminho vai ter uma
pequena descida e logo em seguida uma subida mais íngreme; pra ajudar a
se orientar, quando estiver subindo e ficar em cima da pedra olhe para
trás e veja se está na mesma direção da Pedra das Flores que acabou de
passar) Dali a visão é linda também; é muito legal ver a Pedra das
Flores de longe e por outro ângulo. Dá pra ver direitinho aonde se
localiza o "Sofá", um atrativo daquela pedra. A visão do Rio Jaguari e
toda sua extensão pinta o cenário de azul tanto em cima quanto embaixo.
Indo em direção ao Cume passamos também por uma fissura na base da
pedra, que pelo que me pareceu serve de banheiro para a galera que passa
por ali. (Aliás!!! Aqui vem a nota
triste...infelizmente por boa parte da trilha, encontramos papel
higiênico usado e não recolhido...Gente! Traga seu lixo de volta e
respeite o meio ambiente. Se você quer um contato com a natureza, saiba
respeitá-la, caso contrário lá não é seu lugar. Falei!@#$%&*)
(...do outro lado da Pedra Flores, repare bem na pontinha; estávamos lá!...)
(...a bela represa do Rio Jaguari; aqui em Sampa tomamos dessa água...)
Enfim
chegamos na última parte da nossa trilha. Um paredão vertical que se
assemelha a uma escalaminhada. Não chega a ser vertiginoso, mas um
escorregão ali causaria alguns problemas. Com um pouco de paciência e
cuidado, conseguimos subir sem muitas escoriações na canela...rs! A
adrenalina aumenta a medida que estamos chegando. Ali é comum
encontrarmos abelhas por quase todas as árvores, mas felizmente elas não
atacam. Pelo menos naquele dia, não!
(...última etapa, uma adrenalizante escalaminhada...)
(...se fosse fácil achar o caminho das pedras,
tantas pedras no caminho não seria ruim...)
A
primeira coisa que fizemos chegando ao topo da Pedra do Cume (Pico do
Lopo), foi hastear a bandeira paulista. Num lugar onde a Rodovia Fernão
Dias cruza a estrada, desbravamos como bandeirantes as rotas de
Extrema/MG. Lá de cima o Gigante Adormecido foi acordado ao som das
nossas botas. O lugar é belo e tranquilo, oferecendo uma vista
abrangente. Ali é o ponto mais alto da Serra do Lopo com 1.780m de
altitude, diferencia-se de outros cumes pela facilidade como se chega ao
local, têm-se visão de 360º graus, podendo se avistar vários pontos
como: Pedra Grande (Atibaia/SP), Pico do Selado - lado mineiro (Monte
Verde/MG), Pedra de São Domingos (Córrego do Bom Jesus/MG). Também as
cidades de Atibaia/SP, Bragança Paulista/SP, Joanópolis/SP, Pedra
Bela/SP, Vargem/SP e em noites limpas pode-se avistar as luzes do Vale
do Paraíba. Ali em cima fizemos um pequeno piquenique, ouvimos um pouco
de música, descansamos e recarregamos nossas forças. Depois de uma tarde
maravilhosa de sol e paz, era hora de voltar.
(...no alto dos seus 1.780m, tremulando nossa bandeira nas Gerais...)
(...acordando o Gigante na Pedra do Cume - 1.780m de altitude...)
(...lugar mais alto de Extrema/MG...)
Nos
preparamos para o retorno e redobramos nossa atenção como toda volta de
trilhas. Naturalmente o corpo relaxa e precisamos estar alertas para
pequenos imprevistos não acontecerem. Consideramos esta trilha como de
nível médio, onde é necessário um bom preparo físico e uma boa vontade
de se exercitar. O retorno foi pelo mesmo caminho por onde viemos. Uma
aventura e tanto, com a sensação de dever cumprido, ou melhor; com a
sensação de paz e equilíbrio! Recomendadíssimo para trilheiros e
trekkers. Abçs! Fábio e Ni! - equipe Rolando: PedraeAsfalto! - Até
breve!
(...Amaryllis...)
Parabéns pelos posts,gostaria de saber se essas trilhas necessitam de guias ou dá para fazer por conta?
ResponderExcluirDá pra fazer sem guia mesmo, precisando só ser precavido com relação as bifurcações na trilha, siga as orientações...e tente algumas informações no local que não tem erro. Nos mochileiros tem algumas dicas tmb...mas pode ir de boa! Abçs.
ResponderExcluirAmigo teria como eu me comunicar com você por alguma lugar pois eu tenho interresse de fazer ela sabado tenho parente que mora lá vi suas fotos e achei mt legal e so aventureiro igual caso tenha meu face e esse https://www.facebook.com/gabriel.bontempi
ResponderExcluirespero que leia e consiga me passar umas informaçõens deis de já agradesso dua atenção!
...vi pelo seu FACE que conseguiu fazer a trilha...ela é de boa! Desculpe não ter retornado antes...abçs!!!
ExcluirPARABÉNSSSS parceiro de profissão!!!Adorei esse post!!! super detalhista!! Vamos fazer essa trilha nesse sábado mas o meu amigo que sabia o caminho não irá mais com a gente, faremos sozinhos e estamos com um pouco de receio, mas depois do seu post pegue um pouco mais de confiança. Minha única dúvida é onde deixar o carro, eu conheço o lugar até a rampa de vôo, pensei em deixar o carro ali, fica distante do início da trilha?depois da pista de vôo você continuou com o carro por mais quanto tempo? você entrou na pousada e deixou o carro lá? como que foi o esquema? Day Use? Aguardo Obrigada!!! face stella denanni
ResponderExcluir...espero que tenha conseguido fazer, estive longe do blog um período longo...valeu!!!
ExcluirParabens Pela ideia do Caderno pra registra o nome na Pedra to registrado
ResponderExcluirMuito bom; me aguardem.
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