ESCALADA no MACIÇO DAS PRATELEIRAS - Serra da Mantiqueira RJ/MG - 16/07/2012

  (Trilha do Maciço das Prateleiras - 2.548 metros - Serra da Mantiqueira RJ/MG)

Trilha - Trilha do MACIÇO DAS PRATELEIRAS - Data: 16/07/2012

Trilha de Nível: Alto.
Serra da Mantiqueira - Rio de Janeiro/Minas Gerais.

Localização: Município de Itatiaia/RJ.
Distância: 295 Km de São Paulo/SP.

Localização Exata: Rodovia Dutra (BR 116) até Engenheiro Passos, pegar a estrada Rio-Caxambú (BR 354 - Circuito das Águas) por 23 Km, até o local conhecido como Garganta do Registro, à 1.669,28 metros de altitude. A partir dali seguir à direita as placas por +ou-18 km de estrada com muitos buracos até a entrada oficial da parte alta do parque. 

Extensão: 6 Km (ida e volta).

Perfil de Altitude: 2.548 metros.

Percurso: 6 horas. 

Piso da Trilha: Terra, cascalho e pedras.

Fauna: Aves de diversas espécies.

Flora: A Flora lá é predominante de campos de altitude, sendo as plantas mais abundantes o Cabeça de Nego (Cortaderia Modesta) e o Bambu Chusquea (Chusquea Pinifolia). Fora esses a gente encontra bastante Lírio do Campo ou Amarílis e uma bromélia endêmica que é a Fernseea Itatiaiae. 

Atrativos desta Trilha: Parte alta do parque, Abrigo Rebouças, Escalada com uso de equipamento e Ascensão com passagem pelo "Pulo do Gato" (Via Sul), Livro de Cume, vista do Pico das Agulhas Negras e vista da Pedra da Tartaruga.

 (...BR 354 Rio-Caxambú "Circuito das Águas...)

(...local de parada obrigatória: a Garganta do Registro...)

 (...estrada à direita que leva até a Parte Alta do Parque Nacional do Itatiaia...)

ANÁLISE DA TRILHA: Saímos da pousada onde estávamos em Penedo/RJ e nos encontramos bem cedo com nosso guia/monitor Eduardo Augusto (Dudu) da equipe Gute Passeios onde fomos de Jipe em direção ao Posto Avançado das Agulhas Negras. A estrada que tivemos de pegar foi a Rio-Caxambú (BR 354-Circuito das Águas), até um local conhecido como Garganta do Registro à 1.669,28 metros de altitude. A partir dali seguimos à direita por uma estradinha de terra com muitos buracos até o portão do parque. 

(...Posto Avançado das Agulhas Negras - Posto Marco Antonio Moura Botelho - Marcão...)

 (...tarifário do parque, os gringos pagam o dobro...)

(...e vamos nós seguindo as placas...)

Chegando no portão de entrada para o parque, nosso guia foi se cadastrar e receber um número de identificação; ali mesmo assinamos como acompanhantes e pagamos uma entrada para o parque no valor de R$ 11,00 por pessoa. Na placa de entrada tiramos fotos clássicas do local.

Do portão até o Abrigo Rebouças são feitos em 3 Km de caminhada, mas neste dia conseguimos ir de carro e poupar energia pra subida (Obs.: Este trajeto em períodos de chuvas tem que ser feito à pé pois é época de reprodução de Flamenguinhos; os sapinhos endêmicos que simbolizam o parque).  

(...começando a jornada pelo piso da trilha...)

(...um lugar mágico...)

(...paisagens exuberantes pelo nosso caminho...)

(...uma formosa cachoeira, que se não fosse o inverno...)

Deixamos o Jipe em frente ao Abrigo Rebouças e rumamos à pé em direção ao nosso objetivo: chegar nas Prateleiras. Pelo caminho diversos lagos e cachoeiras enfeitam o ambiente, paisagens tranquilas e sempre ao nosso lado a visão das Agulhas Negras.

(...neste momento a direção a seguir são as Prateleiras, mas voltaremos para fazer a "Ruy Braga"...)

 (...descansar é preciso...)

 

(...As Prateleiras formadas por maciços blocos de rochas...) 

(...uma pequena pausa - o real e o abstrato...) 

 (...com a cara da pedra ao fundo...)

A trilha que segue até a base do Maciço é bem leve e demarcada. Aos poucos o visual exótico e altaneiro das pedras das Prateleiras se impõem. Num determinado momento da trilha nos deparamos com uma placa que indica o local para a Travessia Ruy Braga que se chega até a parte baixa do parque. O visual ao fundo é irresistível e não tem como não se impressionar com sua beleza. Na subida em direção à base tivemos que nos hidratar e descansar alguns minutos, pois é uma parte um pouco cansativa, mas não extenuante. Do Abrigo Rebouças até a base da pedra são mais ou menos 2,5 Km de caminhada.

(...Fábio, Ni e Dudu...) 

 (...as pedras nos observando...) 

 (...a trilha com muita trepa-pedra...) 

 (...às vezes um descanso é fundamental...)  

Após descansarmos um pouco foi hora de iniciar a subida nas pedras (Trepa-Pedra). Passamos ao lado de alguns abismos e devido à neblina não conseguimos visualizar abaixo (Ainda bem!!!). Algumas fendas e pedras para serem vencidas, mas nada que um pouco de coragem e adrenalina não superem. É muito curioso que algumas formações rochosas fazem as pedras terem aparência e formas de pessoas, animais, objetos...enfim. Por conta da altitude elevada às vezes parece que o cansaço da caminhada é bem maior.

(...olhando assim o "Pulo do Gato", parece tranquilo, mas a fenda logo à frente é profunda...)  

(...entre o maciço de rochas...)

 (...não olhe pra baixo, ok!???...)

 (...o sol se abrindo no estilo, pra nossa ascensão...)

(...últimos metros pro nosso objetivo...) 

(...uma corda pra ajudar no impulso final...)

O trepa-pedra até a chegada ao "Pulo do Gato" pela Via Sul, requer um pouco de cuidado, mas é indispensável a presença de um guia de escalada à partir deste trecho, pois requer técnicas de escalada e equipamento apropriado. Por sorte contávamos com a colaboração do Dudu que estava com todo o aparato pra escalada final. Não apenas a sorte, mas a confiança  foi indispensável para superarmos este degrau. Coragem e não olhar pra baixo, fortes incentivadores neste momento, além é claro confiar na corda...rs. Superada esta etapa, passamos por mais um trecho com abismos e agora o céu estava limpo pra ver o quanto estávamos altos; O sol nos agraciou, e nos aqueceu por alguns momentos só pra termos um visual instantâneo do que era estar acima das nuvens. Pra acelerarmos a subida passamos por um último trecho de corda até o Cume.

(...e aí está a visão das Agulhas Negras, do topo das Prateleiras...) 

(...o livro de cume...)

 (...recado dado...)

 (...missão cumprida: Sampa no alto do Maciço das Prateleiras - com Ivani e Dudu...) 

 (...neblina paulista no alto dos 2.548 metros de altitude das Prateleiras carioca...)

Depois de superarmos mais ou menos uns 400 metros de subida até o cume, não existem palavras pra conseguir transmitir a sensação de estarmos no alto dos 2.548 metros de altitude do Maciço das Prateleiras. Lá podíamos avistar a beleza logo à nossa frente do Pico das Agulhas Negras com seus 2.787 metros de altitude. Descansar e tomar um lanche era preciso, e usando as palavras do Dudu, o lanche na altitude fica muito mais saboroso do que realmente é! Lá tiramos fotos e assinamos o livro de Cume, chumbado na pedra e mantido pela GEAN. Após ficarmos alguns momentos ali em cima, com a presença de uma fina garoa causada pela névoa, fomos obrigados à voltar pois não queríamos nos arriscar a  descer com as pedras lisas, porque é sempre muito mais cansativo e perigoso.

 (...lugar fantástico esse aqui, um abismo bem ao lado...)

 

 (...passando por pequenas chaminés entre as pedras...)

(...camuflando entre as rochas...) 

Iniciamos nossa descida com o tempo se fechando e a neblina aumentando. Tivemos que nos agasalhar bem e deixar o lindo visual pra trás. No percurso de volta abismos, fendas, chaminés e o "Pulo do Gato" para superarmos, mas sempre equipados e monitorados pelo nosso guia. Usamos mais as cordas na descida e ela se tornou mais rápida e logo estávamos novamente à base das Prateleiras.

 (...Pedra da Tartaruga uma curiosa formação rochosa...) 

 (..."tramps" pelo parque...) 

 (...nosso guia Eduardo Augusto Cotrim (Dudu), da Equipe Gute Passeios...)

Da base em diante fomos ficando cansados pelo esforço mas a paisagem nos fazia ter ânimo e força pra vencer a fadiga. 

(...vegetação e plantas rasteiras pelo parque...)  

 (...um última adeus às Prateleiras, meio amarelada pelo tempo...)

(...esse Sábia-do-Banhado ficou fazendo poses pra fotos...)

A fauna e a flora da região são encantadoras, algo exuberante e que somente lá em cima dá para explicar. Apesar de parecer meio desértica e sombria a paisagem no inverno, dizem que no verão as cores pintam o lugar.

(...na despedida a temperatura caindo e a garoa também...)  

 (...últimos metros de trilha...)

 

(...fim da trilha à pé. Início do off-road...)

Com a temperatura despencando, a sensação de cansaço aumentando e a mudança brusca de altitude, fomos ficando esgotados. Mas ainda tínhamos um pouco mais de reserva de energia para chegarmos ao destino em segurança. A trilha foi se findando e a missão de chegar ao Cume das Prateleiras cumprida. Fizemos uma pausa final pra ajeitarmos as coisas no Jeep e rumamos pra fazer uma "boquinha" nas barracas lá na Garganta do Registro. Não teríamos conseguido chegar até o nosso destino se não fosse pelo nosso amigo/guia Dudu, da Equipe Gute Passeios. O cara é um ótimo profissional, paciente, comunicativo, orientador e muito responsável. Valeu mesmo Dudu!!!.

E aqui termino meu relato dessa aventura fantástica que foi descobrir o MACIÇO DAS PRATELEIRAS no PARQUE NACIONAL DO ITATIAIA! 

Até breve, Abraços do PedraeAsfalto!

Link para contratar o Gute Passeios: http://www.gutepasseios.com.br  ou Facebook (Dudu): https://www.facebook.com/eduardo.cotrim.itatiaia